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sexta-feira, 11 de abril de 2014

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Ditadura de novo. Eis a solução?

Na noite dessa quinta-feira (10), um carro estilizado como tá que de guerra desfilou pela avenida Paulista, São Paulo.

O veiculo aparentemente protestava, e tateia cartazes com os dizeres: Só aqui dentro você está salvo".

Logo nas redes sociais, foi sugerido que se tratava de uma alusão ao regime militar instaurado na década de 60 no Brasil.

Muitos, como sempre acontece quando o assunto é suscitado, argumentavam que a solução para o país seria a
Olha ao regime ditatorial.

Por isso me pergunto. Vamos supor que a ditadura, mesmo a despeito das mortes, tortura, manipulação, mordaças, foi realmente efetiva, será que tal governo também o seria nos dias de hoje?

Em toda a história moderna, já tivemos 73 países no mundo governado por regimes ditatoriais militares.

Dentre eles, destaco a China, Coréia do Sul, Alemanha, Espanha, França e Itália.

Hoje temos apenas 4 país com ditadura militar:

Coreia do Norte (desde 1994)
Fiji (desde 2006)
República Centro-Africana (desde 2013)
Egito (desde 2013)

Expostos os dados acima, pergunto:

Se  causa da situação atual do Brasil é consequência da rejeição à ditadura, considerada por muitos o regime ideal, porque países como Alemanha, França, Itália, Espanha e Coréia do Sul deixaram a ditadura e conseguiram crescer? Será porque fizeram o dever de casa e souberam controlar a corrupção? (A Itália é o maior exemplo disso)

E porque países como Coréia do Norte, Egito, Fiji, que ainda são ditatoriais, são tão pobres e/ou atrasados? Será que a comunidade internacional tem aversão a regimes ditatoriais, impondo embargos e embaraços às relações comerciais com estes países?

Enfim pergunto. Será que a solução para os problemas do país é voltar à ditadura? Ou será usar a democracia a seu favor, de forma lisa, proba, reformista, efetiva, e obter desenvolvimento assim como os europeus fizeram?
Portanto, entendo que o câncer que mora a saúde deste país é  a corrupção. Corrupção na política, no judiciário, na polícia, nas autarquias, nas empresas, que abordam agentes do governo para continuarem na ilegalidade.

Observe que destaco a inibição da corrupção não como um fim, mas um meio para se obter todos os avanços econômicos, sociais e políticos que esse país precisa.

Logo, sem corrupção, as verbas chegariam ao seu destino. As decisões políticas iriam ser pautadas por prioridades coletivas e não interesses pessoais ou para favorecer ilegalmente a iniciativa privada.

Não precisamos de ditadura, precisamos de probidade. Precisamos de brasileiros de verdade no poder.

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